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MINHA PEQUENA HORTA DE TEMPEROS (ERVAS)

Sou fascinada por temperos. Eles são essenciais para qualquer cozinha, seja em casa ou em um restaurante. Por conta disso, já tentei ter uma grande horta quando mudei para minha atual casa, que tem um grande quintal e permitia a extravagância, mesmo morando numa cidade de quase um milhão de habitantes. Contei com a ajuda de minha Tia Nelci, que é sitiante em Sarutaiá (SP) e que tem, ela própria, uma grande e variada horta nos fundos de uma ampla casa avarandada. Só que logo descobri que casa um tem sua realidade e que a variedade é mais importante que a quantidade. 


Hoje abandonei a idéia de “grande horta” e mantenho minhas ervas favoritas em pequenos canteiros ao lado de minha cozinha, que fica na edícula — uma área toda gramada e arejada. Apesar disso, não sou uma jardineira e nem posso dizer que tenho alguma habilidade especial para o plantio, mas qualquer pessoa que se arrisque a cultivar uma seleção de alecrim, louro, tomilho, sálvia, manjerona, manjerição, orégano e hortelã saberá do prazer que estou falando ao ver suas “criações” belas e cheirosas. 

Como diz Jamie Oliver em “O Retorno do Chef sem Mistérios” (Editora Globo), “não importa onde você mora, ou de quanto espaço dispõe”. Gastando não mais que uns R$.60,00 em uma seleção de ervas, em terra de boa qualidade e jardineiras, é fácil ter uma variedade estimulante de sabores logo ali, à sua disposição e ao alcance de sua tesoura de cozinha.

Meu cantinho das ervas
Da semente ou da muda
Os puristas irão dizer que o melhor é criar sua horta a partir de sementes, mas não tenho paciência para isto e se você for uma das minhas, dê uma passada num bom hipermercado e compre as mudas em vasos minúsculos e plante diretamente sobre uma terra orgânica (há uma empresa chamada “Horta em Casa” que tem bons produtos). Coloque-as em um local quente e ensolarado e mantenha a terra úmida. Basta uma pequena, mas consistente quantidade de água a cada dois dias e isto vai lhe assegurar uma planta forte e saborosa.

Podas e pestes
Tente aparar os brotos novos, para encorajar a planta a crescer mais e em maior abundância. Ervas como orégano e hortelã costumam morrer em estações frias, mas voltam a crescer nas épocas mais quentes do ano. Novamente, como diz Jamie Oliver, “cultive camomila e mil-folhas perto de suas ervas para mantê-las saudáveis”. “Para afastar as lesmas, use vasos com bordas de vidro triturado ou lambuze-os com vaselina. Para se livrar de pulgões, coloque água com uma pequena quantidade de detergente em um borrifador e use isso ao primeiro sinal de problemas”.

As ervas mais delicadas são a salsa, manjericão, coentro e estragão e, se tiver alguma dificuldade, tente colocar o vaso dentro da cozinha ou em janelas bem iluminadas. Mas se nada der certo, não se aperte e não tenha vergonha de comprar um grande ramo na feira ou mercado

Manjericão, salsinha, manjericão roxo, coentro ali escondido e manjericão anão
Ervas secas
Se tomar gosto pela experiência e enfrentar o problema comum a todos os novatos — o excesso de produção –, também não se preocupe. Só não deixe que o espaço no vaso fique tão pequeno que uma afete a vida da outra. Todas precisam respirar.

Retire os ramos em excesso, amarre e pendure para que sequem num lugar quente e ventilado. Em uma semana, todos estarão prontos para serem guardados e usados quando precisar. E elas, geralmente, possuem um sabor e um aroma muito mais concentrados que aquelas ervas secas em pó. Depois de secos, os ramos podem ser conservados em recipientes herméticos por meses. Recomendo aqueles saquinhos, tipo “Ziploc”.

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